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Ministro STM

General de Exército Syseno Sarmento

17 de janeiro de 2023

Nascimento – 03 de junho de 1907 em Manaus – AM.

Filiação – Octávio Sarmento e Carmem Ramos Sarmento.

Formação e atividades principais – Cursou o primário e o ginásio no Colégio Boa Esperança, prosseguindo os estudos na Escola Normal do Amazonas, sempre em sua cidade natal.

Em agosto de 1923, iniciou carreira militar como praça do 27º Batalhão de Caçadores, (27º BC) sediado em Manaus. Em 1924, transferiu-se para o Rio de Janeiro, então Distrito Federal, inscrevendo-se no curso anexo da Escola Militar do Realengo. Declarado Aspirante-a-Oficial da Arma de Infantaria em janeiro de 1928, em agosto foi promovido a Segundo-Tenente. Era Primeiro-Tenente desde 14 de agosto de 1930, quando, em outubro do mesmo ano, participou da revolução que derrubou Washington Luís e levou Getúlio Vargas ao poder. Combateu a Revolução Constitucional de 1932, promovida por setores majoritários do empresariado paulista e pelo Partido Democrático de São Paulo, com o qual, embora houvesse participado da Revolução de 1930, sentira-se depois marginalizado, unindo-se então ao Partido Republicano Paulista para depor Vargas e afastar a influência do tenentismo no estado.

Em fevereiro de 1933, Syseno Sarmento foi promovido a Capitão. Major desde outubro de 1942, comandou o 21º BC, em Garanhuns (PE). De 1944 a 1945 integrou a Força Expedicionária Brasileira, durante a Segunda Guerra Mundial, comandando o 2º Batalhão do 1º Regimento de Infantaria, conhecido como Regimento de Sampaio, que atuou nos principais combates em solo italiano. Em 25 de junho de 1946 foi promovido a Tenente-Coronel e, em setembro, nomeado pelo presidente Eurico Dutra, assumiu o cargo de Interventor Federal no Amazonas, substituindo o presidente do Conselho Administrativo do Estado, João Nogueira da Mata, que retornou ao cargo em fevereiro de 1947. Syseno Sarmento, Coronel desde 1952, em 1955 teve destacada participação em um movimento das forças armadas contra a posse do presidente eleito a 3 de outubro, Juscelino Kubitschek, e do seu vice, João Goulart. Em 1955 e 1956, Syseno Sarmento chefiou a 4ª Seção da Zona Militar Leste. De 1956 a 1958, foi chefe da 30ª Circunscrição de Recrutamento em Campo Grande, então no estado de Mato Grosso e a atual capital de Mato Grosso do Sul. Entre 1959 e 1961, foi Assessor Militar da Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, atuando sob a chefia do General Osvaldo Cordeiro de Farias. Durante o governo de Carlos Lacerda na Guanabara (1961-1965), foi Secretário de Segurança de fevereiro a outubro de 1961 do estado. General-de-Brigada desde novembro de 1960, em 1962 tornou-se Comandante da 2ª Brigada Mista e Guarnição de Corumbá – MS, então no estado de Mato Grosso, afastando-se do posto em 1964.

Participou ativamente do planejamento e da execução do movimento político-militar de 31 de março de 1964, que derrubou o presidente João Goulart (1961-1964). Em julho do mesmo ano, foi promovido a General-de-Divisão. Em seguida, foi nomeado Chefe-de-Gabinete do então Ministro da Guerra, General Artur da Costa e Silva, afastando-se do cargo no início de 1965. De janeiro de 1965 a maio de 1966, comandou a Força de Emergência das Nações Unidas (UNEF), na faixa de Gaza, no Oriente Médio, disputada por egípcios e israelenses. Essa força internacional contava com um contingente de tropas brasileiras.

De 04 de maio de 1966 a 20 de abril de 1967, foi Diretor-Geral de Material Bélico do Exército. Em março de 1967, foi promovido a General-de-Exército e, em 28 de abril do mesmo ano tornou-se Comandante do II Exército, sediado em São Paulo, em substituição ao General Jurandyr de Bizarria Mamede. Deixando o II Exército em maio de 1968, onde foi substituído pelo General Manuel Rodrigues de Carvalho Lisboa, assumiu nesse mesmo mês o Comando do I Exército, sediado no Rio de Janeiro, ocupando o lugar do General Adalberto Pereira dos Santos.

Como Comandante do I Exército, Syseno Sarmento criou o Centro de Operação de Defesa Interna (CODI), órgão destinado a combater a subversão e sediado no Rio de Janeiro, mais tarde transformado no Destacamento de Operações e Informações (DOI). Em novembro de 1970, a pretexto de previnir manifestação pelo primeiro aniversário da morte do líder comunista Carlos Marighela e coincidindo com a realização de eleições parlamentares em nível nacional, Syseno dirigiu uma das maiores operações militares anti-subversivas que tiveram lugar desde 1964, da qual resultou a prisão de cerca de três mil pessoas. Deixou o Comando do I Exército em abril de 1971, sendo substituído pelo General João Bina Machado.

Condecorações – Cruz de combate de Segunda Classe; Medalha de Campanha; Ordem do Mérito Militar; Ordem do Mérito Naval; Ordem do Mérito Aeronáutico; Medalha Militar de Platina, com passador de platina; Medalha de Guerra; Medalha do Pacificador; Medalha do Mérito “Santos Dumont”; Medalha do Mérito Tamandaré; Ordem do Mérito Judiciário Militar, no grau de Grã-Cruz; Promovido a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Militar (Diário Oficial de 17 de agosto de 1972); Medalha Tiradentes (Minas Gerais – Revolução de 64); Ordem do Rio Branco, no grau de Grã-Cruz; Medalha Centenário do vôo em Balão; Estrela de Bronze dos Estados Unidos; Cruz do Valor Militar (Itália); Ordem Nacional do Mérito (Paraguai); Medalha da Força de emergência das Nações Unidas; Medalha Infante Dom Henrique (Portugal); Gran Estrela de Mérito Militar (Chile).

 

Atividades no STM – Nomeado Ministro do Superior Tribunal Militar por decreto de 16 de abril de 1971 publicado no Diário Oficial da mesma data. Tomou posse em 07 de maio do mesmo ano.

 

Participação como representante do STM – VII Congresso Internacional de Direito Penal Militar e de Direito de Guerra, realizado em San Remo, Itália, em maio de 1976.

Aposentou-se por decreto de 30 de junho de 1977, publicado no Diário Oficial de 1º de julho desse mesmo ano.

Era casado com Sirley Villas Boas Camargo Sarmento.

 

Falecimento – Em São Paulo, no dia 16 de novembro de 1983.

 

 

 

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BELOCH, Israel, (Coord.). Dicionário hitórico-biográfico brasileiro: 1930-1989. Rio de Janeiro: Forense-Universitária, 1984. p. 3100-101.

BRASIL. Superior Tribunal Militar. Diretoria de Documentação e Gestão do Conhecimento. Coletânea de informações: Syseno Sarmento. Brasília, DF, 2019. Arquivos disponíveis na Seção de Museu.



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